No início da década de 70, o surfe despontava como um novo esporte importado do Hawaii e era uma novidade para os cariocas. O pier foi então de 69 a 74 (ano em que foi desmontado) um verdadeiro point de encontro dos primeiros surfistas, pois essa estrutura proporcionava um fundo no qual quebravam as melhores ondas do Rio de Janeiro, além de reunir uma galera descolada que revolucionou e ditou as regras da contracultura daquele período onde todos expressavam-se abertamente e sem dar muita importância às críticas e à censura de uma época de ditadura. Ali naquelas areias, as mulheres mais ousadas se mostravam mais e os ''meninos do Rio'' eram os ícones do despojamento e do jeito carioca de levar a vida. Localizado entre as ruas Farme de Amoedo e Vinícius de Moraes, à época a famosa rua Montenegro, o pier abrigava uma tribo de não mais que 30 nomes, entre eles Ricardo ''Kadinho'', Otávio Pacheco (shaper de pranchas muito famoso), Ricardo ''Bocão'' (atual diretor do canal de esportes Woohoo), Maraca, Carlos ''Mudinho'' e Jean Noel, faziam história no surfe nacional. Vendo que um promissor mercado estava por se revelar, o estudante Toninho Vieira tomou o pier como inspiração. Assim nasceu a PIER, um surfshop que entrou definitivamente para a história do mercado surfwear do Brasil. CURIOSIDADES O fundador e seu amigo Kadinho, inventaram o inesquec'ivel chaveiro mola, febre em todo o Brasil e destaque em mat'erias da revista Veja Nacional no verão de 1984. Outra grande ''sacada'' foi ter trazido ao país, um novo modelo de camisa sem manga (também chamada de ''mamãe sou forte'') ao ter sacado surfistas no Hawaii arrancarem as mangas, para ter maior conforto e liberdade de movimento.
Fonte: www.pier.com